segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Dicas - Pedalar pode ajudar quem corre!


Quando se planeja ou se periodiza o treinamento físico de uma atleta, profissional ou amador, o preparador físico utiliza vários métodos e técnicas aplicadas às capacidades físicas solicitadas em determinado esporte, buscando otimizar a performance. Há muitos que aproveitam outros esportes com o intuito de poupar o atleta do esforço repetitivo da modalidade em que é especialista, prevenindo lesões, ou de complementar o treinamento.

Há um princípio do treinamento desportivo conhecido por especificidade, que considera importante, se não fundamental, a prática do esporte em questão no treino, o que garante resultado em performance. O mesmo deve ser seguido com foco em quase sua totalidade, ou na maior parte do planejamento. Isso é uma constatação.

A corrida de rua, de caráter cíclico e dependente dos membros inferiores, exige que o seu volume (quilometragem percorrida semanalmente) e intensidade (velocidade, altimetria e tipo de terreno) sejam específicos no treinamento, isto é, correr para correr.

No entanto, pedalar tem se mostrado um esporte complementar, de grande valia, sendo a recíproca verdadeira, na preparação física geral e específica do corredor, devido ao seu caráter cíclico, ao condicionamento cardiorrespiratório, ao fortalecimento dos grupos musculares inferiores e superiores e à prevenção de lesões musculares e articulares.

O ciclismo pode ser praticado de forma indoor, através de cicloergômetro estacionário ou outdoor, por meio de bicicleta, em parques, pistas ou estradas. Há sempre a ressalva do mesmo não ser realizado em número maior de vezes na frequência semanal, se a corrida for o seu esporte principal. Duas sessões semanais, alternando com os dias de corrida, com intensidade baixa a moderada, são bem-vindas.

O ato de pedalar complementa o condicionamento cardiorrespiratório, pois pode servir de sessão de recuperação ativa entre os dias de treino de corrida. Na reabilitação e manutenção do condicionamento aeróbico de corredores lesionados o ciclismo não possui contra-indicações. O fato do peso corporal permanecer apoiado num banco (selim) reduz, significativamente, a sobrecarga sobre os tornozelos, joelhos, quadril e coluna vertebral, preservando essas articulações do esforço repetitivo e do impacto com o piso. No âmago fisiológico, a tolerância de glúteos, coxas e pernas ao esforço aumenta, revertendo-se em posterior desempenho.

O volume e a intensidade do seu treino devem ser estabelecidos com base em testes de aptidão física, sob orientação de profissional de educação física especialista, assim como a possibilidade de encaixar uma segunda modalidade como complemento da sua preparação física para correr. Essas preocupações se tornam relevantes porque o ajuste errado do selim e o volume excessivo de treino podem expô-lo também à lesão.

Se você precisa de uma injeção de motivação em seu treino, inclua o ciclismo em sua rotina!

Bons treinos!

*Escrito por Gui Silva
**Retirado do site Somos todos corredores (publicado com autorização)
*** Fonte da imagem: http://www.jenningswire.com/wp-content/uploads/2012/12/bigstock-Mountain-biking-vector-24553349.jpg

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Quanto custa organizar uma prova?


Abaixo vai um descritivo simplificado com os custos envolvidos numa corrida. Espero assim que fique mais claro o quão caro é um evento e o quão difícil é obter lucros com corrida. Quem sabe eu consiga até jogar um pouco de luz nas margens de lucro.
Separei por tópicos, omiti todos os detalhes e valores. A prova é um 10km para 2.200 inscritos. Pra ser mais preciso, na corrida irão aparecer 2100 corredores. Cerca de 10% dos inscritos geram receita, mas não correm. Porém, vou usar um número de 5% debandits, os pipocas.
Ainda antes dos números. É uma prova simples. NÃO conta com uma EXPO como aGolden Four ASICS ou as da Yescom, que joga os valores nas alturas. Não tem ainda uma arena dos níveis de VetorIguana, CORPORE ou Latin Sports, o que joga o valor percebido bem para baixo.
O kit é simples: camiseta de tecido tecnológico simples, medalha, chip, sacolinha e toalha ou boné. Hidratação a cada 3km, lanche na chegada.
Com os números abaixo, você tem um kit que tem que custar R$75 para você empatar a prova no papel. Ou seja, você ainda NÃO tem nenhuma liberação dela na Prefeitura, Federações e órgãos de trânsito. Em uma prova em São Paulo ou Rio de Janeiro, isso pode chegar a 6 dígitos de custo em uma Maratona ou Meia Maratona (e o primeiro número não é o 1!).
Mais. O custo abaixo supõe que somente você sabe da prova, ninguém mais. Para vender 2.200 inscrições, você tem que fazer muito barulho. Essa quantidade de gente parece fácil em SP ou Rio, mas é BEM difícil mesmo em cidades como BH, Porto Alegre ou Brasília. Isso sem reforçar que é “fácil” cobrar R$75 em SP, mas complicado fazer o mesmo em Salvador ou em uma cidade do interior, por exemplo.
Você então pode partir fazendo um pacote de anúncios em veículos “verticais”, aqueles que só falam com corredores (como as 3 revistas principais, mais Webrun e outros). Nessa brincadeira você pode ter que desembolsar, por baixo, R$30.000 entre anúncios ou e-mails marketing. Se você quiser trabalhar no “corpo a corpo”, vai ter que imprimir muito folheto e terá ainda que distribuí-los. Mas esta é uma opção apenas de apoio, nunca é central em um evento desse porte. Mesmo os famosos blogueiros independentes que você quiser usar pra promover a prova, ganham e pedem inscrições caso você queira economizar. E pra cada cortesia, lembre-se, são R$75 a menos na sua receita.
Enfim, a coisa é complexa. Algum demagogo Jênio acha que idoso deve pagar 50%, então atente-se a isso. E para fazer as inscrições, prepare-se, a menos que você seja o dono de algum site do tipo, você tem que pagar um pedágio para cada atleta que se inscrever.
Pois quer saber quanto custa esse 10km para 2.200 pagantes que só você sabe que existe e que não tem ainda liberação para existir?
R$160.000.
Para dar uma dimensão, dentro de alguns dias vou escrever aqui sobre as maiores provas do país. As com mais de 3.000 concluintes são menos de 60! Ou seja, 2000 concluintes é um número bem arrojado. Se você quiser fazer uma prova menor por causa do custo, você até economiza nos kits e hidratação, mas a arena é algo quase fixo, seja com 1000 ou 4000 pessoas presentes. Há um meio termo que vai dizer qual o número ótimo.
Como por muito menos de R$220.000 esse evento não “sairá”. É bom você ter patrocinador pagando muito porque R$100 por inscrito é coisa para pouca prova de 10km cobrar de 2.200 pessoas!
Escrevi algumas coisas com certo tom de ironia, mas falo com segurança: conheço eventos operando tranquilamente no vermelho. Abaixo os detalhes.
ALIMENTAÇÃO/HIDRATAÇÃO: Esse tópico envolve corredores e staffs que – acredite! – também se alimentam e não trabalham de graça;
R$6.000
KIT ATLETA: Camiseta, sacolinha, boné e informativo;
R$51.000
EQUIPAMENTO e ESTRUTURA: Sistema de som, cronômetro, rádios comunicadores, estruturas dos balcões (retirada de kit, medalha, hidratação na chegada…), pórtico de chegada/largada, tendas, testeiras, placa de KM, placas indicadores, gradis, mesa de hidratação, mesas, banheiros químicos, gerador de energia e palco;
R$25.000
LOGÍSTICA: Suporte de carro, moto, Van e transporte de materiais;
R$3.000
MATERIAL DE APOIO: Cones, sacos, fitas, lixeiras, canetas, elásticos, buzina, corda, braçadeira, ferramentas, vassouras…
R$3.000
MATERIAL DE MERCHANDISING: Basicamente o material (telas) visuais e faixas que cobrem arenas, pórtico e placas…
R$13.000
PREMIAÇÃO: Medalhas mais troféus. SEM prêmios em dinheiro.
R$8.000
RECURSOS HUMANOS: Staffs, produção, carregadores, coordenadores, equipe de som, etc;
R$32.000
SERVIÇOS DE TERCEIROS: Ambulância, segurança, vigia, bombeiros, cronometragem, locutor, fotógrafo, limpeza, montagem, eletricista, etc;
R$18.000

*Escrito por Danilo Balu
**Retirado do site Blog Recorrido (publicado com autorização)
*** Fonte da imagem: http://make-a-web-site.com/wp-content/uploads/2013/07/website-costs1.jpg

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Qual a diferença entre correr e treinar corrida?


Correr é calçar um par de tênis e sair correndo sem controle, é fazer o que vier à cabeça, o que der vontade, é gostar de correr por aí e sentir bem por isso. Porém nesse caso, não tendo nenhum controle não significa ter sido um treino, será simplesmente uma corrida qualquer e o resultado poderá também ser um resultado qualquer.

Se buscamos resultados é preciso, organização e planejamento. Organizar é um processo essencial à realização de objetivos e planejamento é o ato de criar um plano para otimizar o alcance desse objetivo. O corredor que utiliza o planejamento como uma ferramenta de treinamento demonstra interesse em prever e organizar ações e processos que esperam acontecer no futuro, aumentando a racionalidade, eficácia e resultado.

Sendo assim: Planejar e controlar é treinar corrida!

Sabemos que treinamento é um processo que favorece alterações positivas de um estado físico, motor, cognitivo e afetivo (Martin, 1977). Portanto é fundamental nos orientarmos através de estímulos que serão capazes de provocar adaptações ao organismo. Caso não ocorram essas adaptações ficaremos apenas estagnados.

Esses estímulos são determinados através dos diversos métodos de corrida que podemos treinar e através desses métodos organizar de maneira coerente e previamente estabelecida todos os componentes de carga. Dessa maneira fica claro que é preciso controlar esses componentes que irão compor um treinamento.

Na corrida podemos nos orientar através do volume, intensidade, duração, densidade e freqüência. São esses componentes os responsáveis pela adaptação e melhora ao treinamento da corrida.

Em corrida entendemos que o volume representa o trabalho total realizado em termos de distância percorrida. A intensidade refere-se ao percentual de desempenho máximo, ou seja, uma determinada velocidade. A duração como a quantidade de tempo de aplicação do estímulo. A densidade como o resultado da relação entre estímulo e pausa para os métodos fracionados e a freqüência como a distribuição das sessões de treinos em uma semana.

E para direcionarmos a “Carga de Treinamento” no sentido de provocar respostas adaptativas objetivadas, orientamos seus componentes através da manipulação de algumas variáveis.

Entre elas podemos considerar o número de repetições e séries, a distância, a velocidade média (ritmo), os tipos de pausas (ativo, passivo, completo, incompleto) o tempo e até mesmo a inclinação ou declive.

Assim, através das variáveis do treinamento e dos componentes da carga conseguimos estabelecer uma carga de treinamento e aplicá-la aos métodos de corrida e com isso aprimorarmos as capacidades físicas pretendidas a cada treino, adaptando e alterando aspectos metabólicos além das mudanças miogênicas e neurogênicas levando então o corredor a realização de sua meta pessoal, seja esta correr uma determinada quilometragem ou diminuir seu tempo em relação a uma determinada distância.

Dessa forma podemos e começamos a compreender que treinar corrida é muito mais complexo do que apenas sair correndo por ai.

E ai, você corre ou treina?

*Escrito por Marcelo Camargo - Treinador de corrida (CREF 04989G/MG)
**Retirado do site 3Zone (publicado com autorização)
*** Visite o site do autor do texto: www.marcelocamargotreinamento.com
**** Fonte da imagem: http://wallpaperest.com/wallpapers/sports-running-track_790963.jpg

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Primeiras impressões - Skechers GoRun Ultra


Salve, nobres atletas!

Desta vez, segue um pequeno vídeo com as primeiras impressões sobre o Skechers GoRun Ultra - um baita tênis e que certamente impressionará você! Se você ainda não o conhece, considere, grandemente, a possibilidade de ser seu próximo tênis!

Ah, não esqueça de nos seguir no YouTube, pois novos vídeos surgirão.

Bons treinos!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...